Autismo no RS: Informação como Base para a Inclusão
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O presidente da Faders Acessibilidade e Inclusão, Marquinho Lang, e o diretor administrativo da Fundação participaram, na segunda-feira (12/5), da abertura oficial da segunda edição do Seminário de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul, no município de Restinga Sêca.
O evento, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes/RS), por meio da Escola de Desenvolvimento Social (EDSocial), reúne mais de 900 agentes públicos, gestores e especialistas com o objetivo de debater soluções, compartilhar experiências e fortalecer políticas públicas voltadas à assistência social no Estado.
No segundo dia do seminário, 13/5, a diretora técnica da Faders, Miriam Wornikow, e a coordenadora de pesquisa, Aline Monteiro, também marcaram presença no evento. A Fundação foi responsável por conduzir a oficina: “Autismo no RS: Dados que Transformam Políticas Públicas”, realizada das 16h às 17h30.
Durante a apresentação, Marquinho Lang e Aline Monteiro compartilharam os resultados da pesquisa “Características da População com Autismo no Rio Grande do Sul”, baseada nos dados obtidos por meio das solicitações da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA), entre junho de 2021 e janeiro de 2025.
“A produção de dados confiáveis é um passo fundamental para a inclusão de verdade. A pesquisa com base na CIPTEA nos ajuda a enxergar não apenas números, mas realidades, e serve como bússola para o trabalho técnico da Faders e para a construção de políticas públicas mais efetivas e justas”, disse Aline.
A análise revela um retrato importante: 85% das pessoas com autismo no RS vivem em famílias com renda de até 1,5 salário-mínimo nacional. Essa informação reforça a urgência de ações públicas que considerem as vulnerabilidades socioeconômicas da população autista.
Para o presidente da Faders a CIPTEA é mais do que um documento de identificação, é uma ferramenta poderosa de planejamento e justiça social. “O Rio Grande do Sul pelo quarto ano consecutivo tem acesso a dados concretos sobre a população autista, o que nos permite pensar, debater e formular políticas públicas com mais precisão, sensibilidade e impacto real. Sem dados, não há políticas. Sem políticas, não há inclusão”, enfatiza.
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