A modalidade é praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. Cada kit é formado por 13 bolas - seis azuis, seis vermelhas e uma bocha alvo branca -. A disseminação do esporte, contudo, esbarra em fatores como preço e até a dificuldade de encontrar o conjunto à venda. Há situações, inclusive, em que os praticantes precisam improvisar as bochas com outros materiais, como areia. De acordo com o presidente da FADERS, Marquinho Lang, a iniciativa contempla os objetivos das duas instituições. "Conversei com o secretário de Justiça, Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, e ele também ficou muito animado com essa parceria. A Susepe é uma antiga parceira da FADERS, e tem um importante trabalho de qualificação e ressocialização de apenados, e poder conciliar isso com a disseminação de um esporte paralímpico para todo o Rio Grande do Sul representa muito para a comunidade de pessoas com deficiência. É um sonho antigo que vamos realizar", afirmou.
Para Lang, a parceria tem potencial para ir além. "Há uma série de esportes para PcDs que exigem materiais simples, que podem ser fabricados pelos apenados, e que são de difícil acesso para as entidades. Um exemplo é a bola com guizo, do goalball, praticado por pessoas com deficiência visual", completou.
A partir de agora, as instituições buscarão parcerias com a iniciativa privada e outras instituições para a concretização do projeto. Participaram da reunião a chefe de Paradesporto da FADERS, Cláudia Alfama; o chefe de gabinete, Gabriel Zanella; o diretor do Departamento de Tratamento Penal (DTP), Cristian Colovini; a Coordenadora da Divisão de Trabalho Prisional da Susepe, Elisandra Minozzo; a Chefe da Divisão de Relações Institucionais do Departamento de Políticas Penais da Seapen, Lea Bos Duarte; a diretora Penitenciária Modulada Estadual de Ijuí, Darlen Grasieli Bugs; e Coordenadora da Divisão de Trabalho Prisional da Susepe, Márcia Gabriela Lemos.